26 de outubro de 2008

Maburaho

Em um mundo onde todos possuem a habilidade de fazer milhares de mágicas em sua vida, Kazuki tem o infortúnio de ser uma rara exceção. Ele pode fazer apenas algumas poucas magias (no primeiro episódio, só tem 8 restantes). Para piorar sua condição, as pessoas não podem existir sem magia: se ele esgotar suas magias, ele irá deixar de existir.


Enredo: No entanto tudo tem seu outro lado: muitos acreditam que Kazuki é o maior mágico do mundo, pois suas magias são incrivelmente fortes. Ao descobrir isto, as mulheres, que antes ignoravam um mero garoto sem magia, agora fazem de tudo para conquistar o direito de ter seus "genes".
Entra Kuriko - a filha do mais rico magnata da cidade; Rin - filha de uma tradicionalíssima família Japonesa; e Yuna - uma 'namoradinha' de infância que faria tudo por seu amor. Cada uma com sua "habilidade" e característica, elas lutam por conquistar os "genes" de Kazuki. No entanto sua presença acaba fazendo com que Kazuki, que não é capaz de ver ninguem "sofrer", acabe usando suas poucas magias.
Andamento
Maburaho não vai muito além do gênero "Harem": um garoto com muitas pretendentes. Da mesma forma, você pode esperar todas as características comuns ao gênero presentes: Kazuki é completamente incapaz de tomar decições, é burlescamente ingênuo e sensível, e dá sentido à famosa expressão "a bondade pode ser cruel". As demais personagens principais também mantém a escola do gênero: temos a exuberante garota rica e popular, a calada e mística garota tradicional, e a queridinha amada de todos incapaz de ferir uma ameba já morta.
O ambiente ajuda um pouco, e consegue oferecer um tom curioso, no entanto se nos primeiros episódios vemos magia sendo usada no dia a dia, eventualmente parece que tudo isto é esquecido, e fora um ou outro uso das personagens principais, parecemos que estamos em um mundo completamente nulo em magia.
Personagens coadjuvantes não são desenvolvidos - o que era esperado e comum no gênero - mas com o agravante de serem todos esteriótipos (talvez na falta de desenvolvimento, resolveu-se exagerar em suas características para não precisar explicar seu comportamento): temos o típico rival sem escrúpulos, a "malvada" que quer acabar com a farra dos personagens, e o médico/ajudante/amigo que entre momentos de ajuda e macetes, parece estar do lado de nossos heróis.
Maburaho não consegue fugir de nenhuma formulinha pronta, e afora Kuriki, Rin e Elizabeth, todos os personagens faltam qualquer tipo de profundidade. A adição de comédia pastelão, principalmente a partir da metade da obra, agrada a uns e desagrada a outros - Yuna, por exemplo, passa de uma equilibrada garota "fofinha", e se transforma no esteriótipo do retardo completo mental em meados da série. Ataques de ciumes, que são comuns no gênero para dar um tom cômico, são exagerados e muitas vezes fora de contexto. Para quem quer desenvolvimento de personagens, vai se decepcionar. Fora os poucos episódios concentrados em Kuriko e Rin (2 ou 3), "desenvolvimento" é uma palavra desconhecida para o enredo.

Conclusão: Em resumo, portanto, Maburaho se encaixa no gênero harém-comédia, possui personagens para todos, mas acaba caindo no problema de ter tantas características - para tentar atingir o maior número de fãs - que nenhuma delas é realmente bem explorada: de tudo um pouco, mas de nada o suficiente.
De certa forma, pode-se dizer que Maburaho é um Love Hina em um mundo de magia, com personagens levemente mais estereotipados, e diferente daquele, um final ainda mais aberto e vago.
Uma obra leve, geralmente engraçada, e sem dramas ou consequência. Para se assistir com bastante pipoca - indicadíssimo para fãs do gênero, contra indicado para quem quer ver o desenrolar de algo (qualquer coisa que seja).

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